Reajuste dos alugueis ficam bem acima da inflação em 2023

Na média das 25 cidades monitoradas pela FipeZap, os aluguéis subiram 16,16%, quase quatro vezes mais que a inflação, seguindo a tendência iniciada em 2022 (16,55% de alta, para uma inflação de 5,79%).

Os aumentos atuais são reflexo direto dos tempos de pandemia, quando os proprietários não conseguiam repassar aumentos. Naquele período, as devoluções de imóveis alugados aumentaram com movimentos ligados ao home office, e os preços ficaram no mesmo patamar, até caírem.

IPCA de 2023 foi de 4,62%, o IGP-M, indicador utilizado para reajustar aluguéis, ficou negativo em 3,18%, sendo que Goiânia teve um aumento de 29,52%

Essas diferenças de valores se devem às características de cada região. Em alguns estados, como citado em Goiânia, que teve a maior alta no mercado imobiliário, isso se deve a um momento de elevada demanda por moradias vinda de empresários do agronegócio.

Em Passo Fundo, o reajuste dos aluguéis está na média de 16%, o que está próximo do índice médio de 2022. Isso significa que os preços dos imóveis na cidade estão acompanhando a tendência de valorização do mercado imobiliário.

O que motivou a alta dos preços?

A alta dos preços foi puxada, principalmente, pelo aluguel de imóveis de um dormitório, que se valorizaram bem acima da média, cerca de 19,23%. Em síntese, notamos uma recomposição dos preços, com os locadores repassando os custos anteriormente contidos, além de um aquecimento da demanda, em parte pelo retorno de atividades presenciais.

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Outro fator condicionante é a taxa de juros, devido ao financiamento e aos juros pagos. Menos famílias conseguem financiar, e isso aquece o mercado de locação. A renda das famílias muitas vezes não acompanha o valor necessário para o financiamento.

O imóvel compacto vai além da retomada do trabalho presencial. Em grandes cidades do país, por exemplo, há mudanças comportamentais na sociedade.

Houve um crescimento do público solteiro, uma redução de famílias e de habitantes por imóveis, afirmam especialistas. Segundo eles, a tendência, no geral, é uma diminuição do tamanho dos imóveis.